Você sabia que a testosterona é um hormônio fundamental tanto para os homens quanto para as mulheres? Ela desempenha um papel vital na saúde física, emocional e até sexual. Quando os níveis de testosterona total estão baixos, uma série de sintomas pode surgir, afetando a qualidade de vida. Neste artigo, vamos explorar as principais causas da testosterona total baixa, como identificar o problema e, o mais importante, quais são as opções de tratamento disponíveis para restabelecer o equilíbrio hormonal.
O que é a Testosterona Total?
A testosterona total refere-se à soma de toda a testosterona presente no corpo, incluindo a testosterona livre e a testosterona que está ligada a proteínas plasmáticas, como a albumina e a globulina de ligação aos hormônios sexuais (SHBG). Esse hormônio desempenha um papel essencial no desenvolvimento das características sexuais masculinas, além de influenciar funções importantes no organismo de homens e mulheres.
Como a testosterona total é medida no organismo?
A medição da testosterona total é realizada por meio de um exame de sangue, geralmente solicitado por um médico diante de sintomas que possam estar relacionados a níveis alterados do hormônio.
- O exame deve ser feito preferencialmente pela manhã, quando os níveis de testosterona estão mais altos.
- O valor obtido representa a concentração total de testosterona no sangue, incluindo tanto a testosterona livre quanto a ligada às proteínas plasmáticas.
Diferença entre Testosterona Total e Testosterona Livre
- Testosterona Total: Refere-se à quantidade total de testosterona circulante no sangue, incluindo a testosterona livre e a testosterona ligada a proteínas (SHBG e albumina).
- Testosterona Livre: Representa a fração da testosterona que circula livremente no sangue, sem estar ligada a proteínas. É essa forma que está disponível para ser usada diretamente pelas células.
- Em geral, a testosterona livre corresponde a 1% a 4% da testosterona total, sendo responsável pela maioria dos efeitos biológicos do hormônio.
- Quando os níveis de testosterona total estão normais, mas a testosterona livre está baixa, o problema pode ser causado por um aumento na SHBG, que prende mais hormônio, reduzindo a quantidade disponível para uso.
Níveis Normais de Testosterona Total em Homens e Mulheres
Os valores de referência para testosterona total variam de acordo com a idade, sexo e metodologia do laboratório. No entanto, de forma geral, os níveis normais são:
Homens adultos
- 300 a 1.000 ng/dL (nanogramas por decilitro)
- Níveis abaixo de 300 ng/dL são geralmente considerados baixos e indicam possível hipogonadismo.
Mulheres adultas
- 15 a 70 ng/dL
- Como as mulheres produzem testosterona em quantidades muito menores que os homens, qualquer alteração significativa pode causar sintomas como irregularidade menstrual, queda de libido e ganho de peso.
Idosos
- Em homens com mais de 60 anos, é comum observar uma redução gradual da testosterona total, com valores de referência ajustados para essa faixa etária.
Causas da Testosterona Total Baixa
A testosterona total baixa pode ocorrer devido a uma série de fatores que influenciam a produção ou a regulação desse hormônio no organismo. As principais causas incluem:
1. Envelhecimento
- Com o avanço da idade, há um declínio natural na produção de testosterona, geralmente a partir dos 30 anos.
- Em homens idosos, essa redução pode ser significativa, levando a sintomas associados ao hipogonadismo tardio ou andropausa.
2. Distúrbios hormonais
- Disfunção hipofisária: A hipófise regula a produção de testosterona por meio do hormônio luteinizante (LH). Problemas na hipófise, como tumores ou insuficiência hipofisária, podem prejudicar essa regulação.
- Hipogonadismo: Ocorre quando os testículos não produzem testosterona em quantidade suficiente devido a problemas congênitos ou adquiridos.
3. Doenças crônicas
- Diabetes e obesidade: Condições metabólicas que interferem na produção e utilização da testosterona.
- Doenças hepáticas e renais: Esses órgãos desempenham um papel importante no metabolismo hormonal. Doenças crônicas podem levar a uma redução dos níveis de testosterona.
4. Uso de medicamentos
- Certos medicamentos podem afetar a produção de testosterona ou aumentar a concentração de SHBG, reduzindo a quantidade de testosterona livre disponível:
- Corticoides
- Opioides
- Quimioterápicos e medicamentos utilizados no tratamento de câncer
5. Estilo de vida
- Estresse crônico: Aumenta a produção de cortisol, que compete com a testosterona, levando a uma redução do hormônio.
- Sedentarismo: A atividade física regular estimula a produção de testosterona. A falta de exercício pode contribuir para níveis baixos.
- Má alimentação: Deficiências nutricionais, como falta de zinco e vitamina D, podem interferir na síntese de testosterona.
Sintomas da Testosterona Total Baixa
A redução nos níveis de testosterona total pode causar diversos sintomas físicos, emocionais e metabólicos que afetam a qualidade de vida. Os principais sintomas incluem:
1. Redução da libido e disfunção erétil
- Diminuição do desejo sexual, dificuldade de manter uma ereção e redução da satisfação sexual.
- Esse é um dos sintomas mais comuns e frequentemente o primeiro a ser notado pelos pacientes.
2. Cansaço extremo e falta de energia
- Sensação constante de fadiga, mesmo após uma noite de sono adequada.
- A energia reduzida afeta o desempenho no trabalho, atividades físicas e sociais.
3. Perda de massa muscular e aumento da gordura corporal
- A testosterona é fundamental para a manutenção da massa muscular. Níveis baixos levam à perda de músculo e ao aumento do acúmulo de gordura, especialmente na região abdominal.
- Pode ocorrer redução da força muscular e dificuldade para ganhar massa magra, mesmo com exercícios.
4. Depressão, ansiedade e alterações de humor
- Níveis baixos de testosterona afetam diretamente o humor, podendo causar:
- Depressão leve a moderada
- Ansiedade persistente
- Irritabilidade e alterações frequentes de humor
5. Dificuldade de concentração e perda de memória
- O hormônio também desempenha um papel importante na função cognitiva. Pacientes relatam:
- Falta de foco
- Dificuldade para processar informações
- Perda de memória, especialmente a de curto prazo
6. Queda de pelos corporais e redução da densidade óssea
- A testosterona está envolvida no crescimento de pelos corporais. Níveis baixos podem levar à redução da densidade capilar no corpo.
- Além disso, níveis cronicamente baixos de testosterona podem causar osteoporose, aumentando o risco de fraturas.
Como Diagnosticar a Testosterona Total Baixa
O diagnóstico da testosterona total baixa é feito por meio de exames laboratoriais e avaliações clínicas, considerando os sintomas relatados pelo paciente. A seguir, estão os principais passos para um diagnóstico correto:
1. Exame de sangue para medir a testosterona total
O exame de sangue para medir a testosterona total é o método padrão utilizado para determinar os níveis desse hormônio no organismo. Ele mede a quantidade total de testosterona, incluindo a fração livre e a ligada às proteínas plasmáticas (SHBG e albumina).
2. Quando realizar o exame: horários ideais e preparo necessário
- Horário ideal: A testosterona apresenta variações ao longo do dia, com níveis mais altos durante a manhã. Por isso, recomenda-se que o exame seja feito entre 7h e 10h da manhã, quando a concentração do hormônio está no pico.
- Preparo necessário:
- Jejum de 8 a 12 horas pode ser solicitado pelo laboratório.
- Evitar atividade física intensa e o consumo de álcool nas 24 horas anteriores ao exame.
- Se estiver tomando medicamentos hormonais ou que possam interferir nos níveis de testosterona, o médico pode solicitar a suspensão temporária antes da coleta.
3. Interpretação dos resultados e valores de referência
Os valores de referência podem variar de acordo com o método utilizado pelo laboratório, mas, de maneira geral, são considerados:
Valores normais de testosterona total
- Homens adultos:
- Normal: 300 a 1.000 ng/dL
- Baixo: Abaixo de 300 ng/dL – indica possível hipogonadismo ou deficiência androgênica.
- Mulheres adultas:
- Normal: 15 a 70 ng/dL
- Baixo: Abaixo de 15 ng/dL – pode estar relacionado a disfunções hormonais, como insuficiência adrenal ou hipopituitarismo.
Resultados limítrofes
- Quando os níveis estão próximos ao limite inferior normal, o médico pode solicitar exames adicionais para confirmar o diagnóstico, especialmente se os sintomas forem persistentes.
4. Exames complementares para investigar causas secundárias
Se a testosterona total baixa for confirmada, exames complementares podem ser necessários para investigar a causa do problema. Os principais exames incluem:
- Testosterona livre: Mede a fração de testosterona que não está ligada a proteínas e está disponível para uso pelo organismo. Pode ser útil em casos em que a testosterona total está normal, mas há suspeita de baixa testosterona livre devido a altos níveis de SHBG.
- Hormônio luteinizante (LH) e hormônio folículo-estimulante (FSH): Avaliam a função da hipófise, que regula a produção de testosterona pelos testículos.
- LH e FSH baixos: indicam possível disfunção hipofisária.
- LH e FSH altos: indicam disfunção primária nos testículos (hipogonadismo primário).
- Globulina de ligação aos hormônios sexuais (SHBG): Esse exame mede a quantidade de SHBG no sangue. Altos níveis de SHBG podem prender mais testosterona, reduzindo a fração livre e causando sintomas, mesmo quando a testosterona total está normal.
- Prolactina: Níveis elevados de prolactina podem inibir a produção de testosterona. Tumores hipofisários, como o prolactinoma, podem ser uma causa.
- Exames de imagem:
- Ressonância magnética da hipófise: Se houver suspeita de problemas hipofisários.
- Ultrassonografia testicular: Se houver suspeita de alterações nos testículos, como atrofia ou lesões.
Tratamentos para Testosterona Total Baixa
O tratamento para testosterona total baixa varia de acordo com a gravidade dos sintomas, a causa subjacente e os objetivos do paciente. A abordagem pode incluir terapia de reposição hormonal, mudanças no estilo de vida e o uso de suplementos naturais.
1. Terapia de Reposição de Testosterona (TRT)
A Terapia de Reposição de Testosterona (TRT) é o tratamento mais eficaz para casos em que os níveis de testosterona estão significativamente baixos e causam sintomas prejudiciais à qualidade de vida.
Tipos de reposição
- Gel transdérmico:
- Aplicado diariamente na pele, geralmente nos ombros ou braços.
- Libera testosterona de forma gradual, mantendo níveis estáveis.
- É conveniente, mas pode causar irritação na pele em alguns pacientes.
- Injeções intramusculares:
- Aplicadas semanalmente, quinzenalmente ou mensalmente, dependendo do tipo de testosterona utilizada (ex.: cipionato, enantato).
- Oferecem doses mais altas e são recomendadas para quem precisa de ajustes rápidos nos níveis hormonais.
- Adesivos cutâneos:
- Colocados diretamente sobre a pele e trocados diariamente.
- Liberam testosterona de forma constante, mas podem ser menos práticos devido ao risco de descolamento.
Benefícios da TRT para pacientes com níveis muito baixos
- Aumento da energia e vitalidade
- Melhora da libido e da função erétil
- Incremento da massa muscular e redução da gordura corporal
- Melhora no humor, redução de sintomas de depressão e ansiedade
- Aumento da densidade óssea, prevenindo osteoporose
Efeitos colaterais e cuidados durante o tratamento
- Retenção de líquidos e inchaço
- Possível aumento nos níveis de hematócrito, com risco de trombose
- Acne e pele oleosa
- Alterações na próstata, como aumento prostático benigno
- Redução da produção natural de espermatozoides, podendo afetar a fertilidade
- Monitoramento regular é essencial: exames de sangue periódicos para avaliar níveis de testosterona, hematócrito, função hepática e prostática.
2. Mudanças no Estilo de Vida
Mudanças no estilo de vida podem ajudar a aumentar naturalmente os níveis de testosterona e melhorar os resultados do tratamento.
Alimentação balanceada para otimizar os níveis hormonais
- Consuma alimentos ricos em zinco e vitamina D, como ostras, ovos, peixes gordurosos e castanhas.
- Inclua gorduras saudáveis, como as encontradas em abacate, azeite de oliva e peixes.
- Evite alimentos ultraprocessados e excesso de açúcar, que podem afetar a produção hormonal.
Prática regular de exercícios físicos
- Treino de força e musculação: Aumenta a produção de testosterona, especialmente quando realizado com cargas pesadas e baixa repetição.
- Exercícios aeróbicos moderados: Ajudam a controlar o peso e melhorar a saúde cardiovascular, fatores que influenciam positivamente os níveis hormonais.
Controle do estresse e melhora da qualidade do sono
- O estresse crônico eleva os níveis de cortisol, que pode inibir a produção de testosterona. Pratique atividades relaxantes, como yoga, meditação e hobbies.
- Durma de 7 a 9 horas por noite, pois a testosterona é produzida principalmente durante o sono profundo.
3. Suplementos e Fitoterápicos
Os suplementos naturais e fitoterápicos podem ser uma alternativa ou complemento para pacientes que desejam melhorar seus níveis de testosterona de forma não invasiva.
Tribulus terrestris
- Amplamente utilizado para melhorar a libido e os níveis de energia.
- Algumas pesquisas sugerem que pode aumentar a testosterona em indivíduos com níveis baixos, mas os resultados variam.
Feno-grego (Fenugreek)
- Rico em saponinas, compostos que podem estimular a produção de testosterona.
- Estudos indicam melhorias na força muscular e libido após o uso contínuo.
Ashwagandha
- Uma erva adaptógena que ajuda a reduzir o estresse e, consequentemente, o cortisol.
- Estudos mostram que pode aumentar a testosterona em homens saudáveis e melhorar a qualidade do esperma.
Evidências científicas sobre a eficácia
- Embora muitos suplementos naturais mostrem resultados promissores, a eficácia pode variar de pessoa para pessoa.
- É importante consultar um médico antes de iniciar qualquer suplemento para garantir segurança e eficácia.
Riscos de Não Tratar a Testosterona Total Baixa
A testosterona desempenha um papel fundamental na saúde global, e a sua deficiência pode levar a diversas complicações a longo prazo. A ausência de diagnóstico e tratamento adequado pode gerar sérios riscos físicos e psicológicos, impactando significativamente a qualidade de vida.
1. Impacto na Saúde Cardiovascular
- Níveis baixos de testosterona estão associados a um aumento no risco de doenças cardiovasculares, como:
- Hipertensão arterial
- Doenças coronarianas
- Insuficiência cardíaca
- Estudos indicam que a testosterona ajuda a manter a elasticidade das artérias e melhora o perfil lipídico, reduzindo o colesterol LDL (“ruim”) e os níveis de triglicerídeos.
- A deficiência desse hormônio pode contribuir para a aterosclerose e o desenvolvimento de placas nas artérias, aumentando o risco de infarto e AVC.
2. Perda de Densidade Óssea e Risco de Osteoporose
- A testosterona estimula a produção de massa óssea e ajuda a manter a densidade óssea ao longo da vida.
- Níveis persistentemente baixos podem levar a osteopenia (diminuição da densidade mineral óssea) e evoluir para osteoporose, aumentando o risco de fraturas, especialmente em idosos.
- Fraturas em regiões como quadril e coluna podem causar sérias limitações físicas e complicações de saúde.
3. Aumento do Risco de Obesidade e Síndrome Metabólica
- A testosterona regula o metabolismo e ajuda a manter a proporção entre massa magra e gordura corporal.
- Níveis baixos podem levar a:
- Acúmulo de gordura abdominal, que está diretamente ligado ao risco de doenças metabólicas.
- Redução da massa muscular, diminuindo o gasto energético basal e favorecendo o ganho de peso.
- A deficiência de testosterona aumenta a probabilidade de desenvolver síndrome metabólica, caracterizada por:
- Obesidade abdominal
- Resistência à insulina
- Dislipidemia (colesterol elevado)
- Hipertensão
- Maior risco de diabetes tipo 2
4. Efeitos na Saúde Mental: Depressão e Ansiedade Persistentes
- A testosterona tem uma função importante na regulação do humor e no bem-estar psicológico.
- Homens com testosterona baixa frequentemente relatam:
- Depressão: sensação de tristeza constante, perda de interesse em atividades e baixa autoestima.
- Ansiedade: aumento da preocupação excessiva e dificuldade para relaxar.
- Irritabilidade: alterações frequentes de humor, muitas vezes sem motivo aparente.
- O impacto na saúde mental pode levar a isolamento social, redução da produtividade no trabalho e dificuldades nos relacionamentos.
Conclusão
A testosterona total baixa pode causar impactos significativos na qualidade de vida, mas existem soluções eficazes. Desde a terapia de reposição hormonal até mudanças no estilo de vida, há várias formas de recuperar o equilíbrio hormonal e melhorar a saúde. Se você está enfrentando sintomas, procure orientação médica para um diagnóstico adequado e um plano de tratamento personalizado. Cuide da sua saúde hormonal hoje mesmo! É possível consultar pelo plano de saúde?
sim, realizo atendimentos e cirurgias por diversos planos de saúde assim, como pelo saúde Bradesco, Amil, Sulamerica.
É possível realizar cirurgias pelo plano de saúde?
Sim, conseguimos realizar algumas cirurgias pela maioria dos planos de saúde.
Cirurgias nos principais hospitais de BH ( Mater Dei Bh, Vila da Serra, Uromaster) e clínica de urologia BH.
Procure sempre seu urologista, e mantenha seus exames em dia. Urologista BH, Uro BH, urologista em Nova Serrana, Urologista em Pará de Minas, Urologista Pitangui.
Gostou do artigo? Ainda tem dúvidas? acesse meu blog onde tenho outros artigos relacionados:
Deseja marcar uma consulta? online ou presencial?